[bio]

 giuliane sampaio


‘Giu’ aka ‘cabeletraaqui’, é designer freelancer e artista brasileira, radicada no Porto há sete anos. Desde 2014, dedica-se às técnicas de caligrafia e lettering, numa trajetória sem fronteiras entre o design e a arte, assumindo a sua paixão pelas letras tanto no contexto dos seus projetos gráficos, como autorais.

‘Giu’ aka ‘cabeletraaqui’, is a Brazilian freelance designer and artist who has lived in Porto for seven years. Since 2014, she has dedicated herself to the techniques of calligraphy and lettering, in a trajectory without borders between design and art, she takes her passion for letters into the context of both her graphic and authorial projects.




Atualmente, sua produção artística centra-se na exploração da escrita assémica. Num movimento quase meditativo, recorre à poesia e a ruídos sonoros, fazendo de ambos uma pré-linguagem para traçar o gesto sem se prender à gravidade semântica. Nessa atmosfera, evoca o traço como um sopro de partículas que flutuam entre nós, compondo notas do imaginário de uma ‘paisagem caligráfica’ em constante processo de revelação. Numa tentativa de acolher com leveza a passagem do tempo e tudo o que por ele flui, a materialidade translúcida que experimenta no seu corpo de trabalho respira as incertezas que ecoam da finitude do nosso ser. Ao atravessar a trama do tecido, o gesto-escrita simboliza também a porosidade iminente da nossa linguagem e cria uma rede suspensa de pensamentos ainda em formação — seus e do observador —, abrindo diálogo onde o invisível dá voz a novas interpretações. Simultaneamente, por não impor um sentido fixo, lança luz à fragilidade das nossas narrativas — sejam estas construídas por crenças pessoais, de natureza cultural ou política —, espelhando-se no ‘desaparecer’ como matéria viva da nossa existência. 


Currently, his artistic production focuses on exploring asemantic writing. In an almost meditative movement, she uses poetry and sound noises, turning both into a pre-language to trace the gesture without being bound by semantic gravity. In this atmosphere, she evokes the trace as a breath of particles floating between us, composing notes from the imagination of a ‘calligraphic landscape’ in a constant process of revelation. In an attempt to lightly embrace the passage of time and what flows through it, the translucent materiality she experiences in her body of work breathes the uncertainties that echoes in the finitude of our being. By crossing the fabric's weave, the gesture-writing also symbolises the imminent porosity of our language and creates a suspended network of thoughts still in formation — hers and the observer's —, opening dialogue where the invisible gives voice to new interpretations. Simultaneously, by not imposing a fixed meaning, it sheds light on the fragility of our narratives — whether constructed by personal beliefs, cultural or political in nature — mirroring itself in 'disappearing' as the living matter of our existence.  



Image from video by Catarina David



[artistic work] 

 giuliane sampaio



2025Sem Título 〰 [20 set a 20 out] Exposição conjunta ⋰ VIGA Studio [Porto]

2025MESCLA 〰 [15 março]Evento de arte e exposição coletivaOutsite Mouco [Porto]



2025Memória do Traço Caligráfico 〰 [11 jan a 15 fev] Exposição Individual ⋰ Espaço Parede [Porto]



2024Festival Internacional de Poesia do Porto 〰 [04 ago]
Apresentação performativa no Museu Soares dos Reis ⋰ Projeto Noites de Candela


2024Inaugurações Simultâneas da Miguel Bombarda 〰 [11 maio]Apresentação performativa “Memória do Traço Caligráfico” ⋰ Projeto Noites de Candela [Porto]




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